"A literatura dramática de Plínio Marcos atinge o leitor e/ou espectador como estilete. Provoca, ao mesmo tempo, repulsa e desperta uma angústia solitária, induzindo à necessidade urgente de intervenção. As relações de poder são estabelecidas por uma fauna de alcagüetes, prostitutas, homossexuais, cafetões e cafetinas, policiais corruptos, desempregados, prisioneiros assassinos, loucos, débeis mentais, meninos abandonados: seres jogados em cena sem nenhuma cortina de fumaça. (...) Nos seus escritos avultam como temas a solidão e a decadência humana, o círculo vicioso da tortura mútua e a absoluta falta de sentido nas vidas degradadas, a sexualidade e os padrões de comportamento dominantes, o beco sem saída da miséria e a violência, a superexploração do trabalho humano e a morte prematura como horizonte permanente. Sobressaem, portanto, sujeitos sociais distintos, marcados pela tragédia individual e coletiva, que circulam pelo espaço urbano."
PARANHOS, K. R. A LITERATURA DRAMÁTICA DE PLÍNIO MARCOS: cenas da(s) cidade(s). Revista O Percevejo, Vol. 1, No 1 (2009).
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Plinio Marcos (1935-1999) |
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